quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Para o meu príncipe encantado!

O post de hoje é dedicado ao meu namorado, amigo, companheiro e parceiro de quase 15 anos. A nossa história começou quando ainda éramos uns adolescentes. Eu tinha 16 anos, o Paulo 18. Ele veio do Brasil e foi morar para a minha santa terrinha. Menos de 1 ano depois começámos a namorar. E os anos foram passando, viemos estudar para Lisboa, tivemos os nossos altos e baixos, mas continuámos firmes. Comprámos uma casa à 5 anos e desde então moramos juntos e partilhamos tudo, como antes já o fazíamos. Muitas amigas me dizem que sou uma sortuda por namorar com ele... porque ele ajuda imenso em casa, limpa, cozinha e por norma até as camisinhas dele passa a ferro...Também temos as nossas birras, os nossos desencontros de ideias, mas acima de tudo resolvemos as nossas divergências e dificuldades com muita conversa. O Paulo esteve cerca de 1 ano a trabalhar no Porto e foi sem dúvida a pior altura da minha vida... para mim as relações à distância não funcionam! não pelas desconfianças do que podia acontecer, mas pela falta que a outra pessoa me faz, pela falta de contacto, do carinho, do dormir juntinho a ele todos os dias.
Bem à cerca de 2 anos, quando havíamos resolvido casar (esta história já contei aqui) tivemos a surpresa das nossas vidas. "Estávamos grávidos". O Paulo delirou com a notícia, embora só tenha caído em si na 1ª consulta na Obstreta e amou... amou desde logo o bebé que ia nascer... E depois amou ainda  mais quando soube que iam ser dois. Nunca me preocupei com o trabalho que ia ter com as duas pipoquinhas porque sabia que ele ia estar sempre (que possível) ao meu lado para me ajudar.
Acompanhou a minha gravidez a 100%, foi comigo às consultas, escolheu berços, pintou o quarto das babies (como relatei nos post anterior), escolheu candeeiros, comprou biberão, encomendou várias coisinhas para elas na Amazon, comprou roupinhas amorosas e cantou para a minha barriga... um mimo. Viveu quase tão intensamente a gravidez como eu, porque à  coisas que só a mãe pode sentir.
Umas das coisas qe sempre disse ao longo da minha gravidez foi que não queria assistir ao parto... A minha obstetra bem o tentou convencer, mas ele nada. Eu, embora me sentisse triste, não o podia obrigar a isso e lá fui digerindo esta decisão.
No dia do nascimento das pipoquinhas acordei-o para irmos para o hospital. Viu-me tão calma que não acreditava que estivesse em trabalho de parto. Aliás ele próprio diz que só acreditou quando me ouviu dizer à secretária no hospital que as minhas filhas vinham a caminho. Ora o pai que sempre disse que não queria assistir ao parto, quando lhe vieram pedir a roupinha das filhas,  lá pediu para assisti ao parto. Infelizmente não pode, pois tiveram que me dar anestesia geral. Quando acordei tinha o Paulo ao meu lado, cheio de cuidados a tentar colocar o gorrinho da Carolina que tinha caído. Mais tarde quando agarrou numa das filhas ao colo pela 1ª vez os olhos dele encheram-se de lágrimas (e os meus também). A emoção de o ver assim com a filha ao colo foi enorme, encheu-me o coração com amor e com a certeza que entre nós quatro tudo ia correr bem.
Enquanto estive no hospital esteve sempre lá comigo, desde o meio dia, até às oito, nove horas da noite  De manhã contava todos os minutos para que ele chegasse, porque quando o via tudo ficava mais tranquilo e eu sentia-me mais apoiada. Foi uma semana complicada, com a Mariana na UCIN e a Carolina no quarto comigo, mas ele tentou passar o maior tempo possível connosco no hospital... e tenho a certeza que nesses dias nem almoçava.
Confesso que vê-lo ir para casa à noite era o mais difícil... queria que ele estivesse ali comigo sempre a dar-me apoio e por vezes  desarmava e chorava sozinha na sala da Neonatologia com a Mariana quando já não estava lá ninguém, porque era tudo muito intenso, porque ele não estava ali connosco, porque me faltava o meu apoio de sempre. Agora à luz da distância de um ano, sei que ele foi incansável e que essa semana lhe custou tanto a ele como a mim. E coitado... ainda teve que se ir enfiar no Continente sozinho a comprar cintas pós-parto. Pobrezinho!
No hospital adoravam-no. Toda a gente conhecia o pai das gémeas porque o viam a desenrascar-e com elas como se já fosse pai à imenso tempo.

 Quando viemos para casa o Paulo ajudou-me em tudo... trocar fraldas, dar biberão, dar banho e tudo o que envolve estas duas pipoquinhas lindas. É um pai 5 estrelas, o melhor que posso desejar para as minhas filhas. Sei que por vezes fica triste porque não passa tanto tempo com elas como gostaria, mas quando estão os três é uma comédia... Claro que lhes impõe regras, mas também brinca muito, canta e até gatinha atrás delas.
Ele ama-as mais do que tudo, eu sei!!! Um amor incondicional e verdadeiro...para toda a vida e elas adoram passar tempo com ele. É um pai babado e eu sou uma mãe babada por o ter ao meu lado, especialmente quando mais preciso.
Este post é para ele... para lhe lembrar que o amo muito... cada dia mais, que o amo como homem e como pai das minhas/nossas princesas, que amo quando ele se vira para mim e me diz "Elas são mesmo lindas, não são amor"e que amo vê-los juntos a partilhar momentos de ternura. Este post é para ele porque lhe quero agradecer estar sempre aqui, a segurar as minhas pontas, a levantar-me quando vou abaixo e a fazer sentir-me amada!

9 comentários:

  1. Fogo amor, tenho de ir chorar para a casa de banho...

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    1. Gostaste? Veio do fundo do coração.

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    2. Se gostei? Já li para aí umas cinco vezes :)!

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    3. Tão bom! E eu estou aqui para confirmar, nestes 15 anos, que é tudo verdade! :) Estamos a ficar velhotes! Imaginem então quando as babes lerem isto! Meninas digam lá se os pais e os tios não estão aí para as curvas? :)

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  2. Fiquei emocionada e orgulhosa ao mesmo tempo, porque contribui na educação, formação deste principe e realmente esta menina querida teve sorte e ele também. O casal já esta mais que soldado e isto é a prova que um papel de casamento não faz a felicidade de um casal. Tenho que felicitar a ambos e agradecer as princisas lindas que nos deram. O nosso melhor e maior tesouro.

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    1. Pronto Katia já me pôs a chorar... sem o Paulo ver que é para não gozar comigo. Eu já era uma maria chorona antes de ser mãe, mas agora nem se fala. Obrigada pelo comentário. Nós adoramos que faça parte da nossa vida. Vamos a umas corridas de gatinhas?????

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  3. Meus lindos, só ontem soube da existência deste blog, ainda nem há 24 horas...este momento de leitura dos diferentes conteúdos e, agora, este em especial, foi o suficiente para me dar alento para mais um dia. Pude confirmar, Carolina e Mariana, que no que respeita os papás, "LOVE is still in the air"... prova disso é a vossa existência: duas meninas felizes,lindas e simpáticas que têm 1001 pessoas que vos adoram entre avós, tios, primos and so on - sejam eles verdadeiros ou 'a brincar'. Mas, quando forem mais crescidas e lerem este blog, cuja razão de ser são vocês, nunca se esqueçam que têm uma MÃE e um PAI que muito lutam para nunca vos faltar nada e que vos amam incondicionalmente. Por isso, ESTIMEM-NOS!!! Super pais! Bem, e a vossa mãe, super franzina mas SUPER MULHER/MÃE...nem fazem ideia...
    Quando conheci a vossa mãe ela era a prima do Sérgio (aquele vosso primo/tio que faz aquelas caretas estranhas e canta aquela do "quando os cães vão às uvas", sabem???) que eu gostava de levar connosco a passear e, com o tempo, passou a fazer parte da minha família. Entretanto, nas entrelinhas, conheci o vosso papai...ainda com cabelo (sim, porque ele não foi sempre careca!). De São Jorge para Lisboa. E o tempo passou...uns casaram-se de papel passado e outros sem papel! Depois, mais alguém passou a fazer parte da minha família. E agora, mais duas estrelas: Carolina e Mariana! Continuem assim, Família FM! ADORO-VOS! VD

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    1. Oh que coisa boa!!! Isto é que é dar alento num dia tão cinzento. Obrigada minha linda pelas tuas palavras. Sabes o quanto gostamos de ti. Tu também fazes parte da nossa família.
      Beijos enormes

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  4. Vcs formam um lindo casal e construíram uma família maravilhosa!! Parabéns pelo amor e cumplicidade. Que seja sempre assim. Beijo carinhoso Joana

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